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BORIS YELTSIN

2012
MICKAEL DE OLIVEIRA 

Boris Yeltsin é um trabalho que parte da Oresteia de Ésquilo e que se afasta imediatamente do seu ponto de partida. O grande paralelo entre as duas obras é a abordagem da futilidade das decisões políticas que provocam desastres benignos ou malignos sociais e económicos. A peça propõe uma leitura da realidade baseada na ideia de ‘super-poder’ e da ‘super-ficialidade’ (biopolítica, trendy, trágica) com que é utilizado pelos representantes das nossas instituições. É um espectáculo à volta desta arbitrariedade individual, princípio do prazer egoísta, que condiciona o princípio da realidade dos que compõem a massa, cuja utopia se concretiza legitimamente na aquisição dos desejos e objectos que sempre pertenceram aos nossos super-heróis e que agora se encontram ao seu alcance. De resto, Boris Yeltsin é sobre uma história familiar, em que os complexos de luxo – morais, físicos e intelectuais – que desenvolvemos em relação ao mundo, como verdadeiras doenças contaminantes, encaminham as nossas tragédias.

APRESENTAÇÕES

TEATRO ACADÉMICO DE GIL VICENTE (COIMBRA, PT)

SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL (LISBOA, PT)

TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO (PORTO, PT)

Texto e dramaturgia: Mickael de Oliveira

Encenação: Nuno M Cardoso

Interpretação: Albano Jerónimo, António Durães, Luísa Cruz e Mafalda Lencastre

Cenografia: Paulo Capelo Cardoso

Desenho de Luz: José Álvaro Correia

Vídeo: Alexandre Azinheira

Música/Som: Marco Pereira, Miguel Pereira

Guarda-Roupa: Sara Barbosa

Assistência de Encenação: Joana Cordoeiro, Mafalda Lencastre

Assistência de Cenografia: Pedro Barbosa

Produção Executiva: Nelson Vitória

Fotografia: Inês d'Orey

Co-produção: São Luiz Teatro Municipal, Colectivo84 e Cão Danado

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