Aqui e agora, quatro actores com três nacionalidades diferentes (alemã, francesa e portuguesa) falam sobre as suas recordações revolucionárias e a possibilidade de acontecer, hoje, uma revolução – e como poderia acontecer? Quais seriam as suas palavras de ordem ? Assim, esta pequena comunidade percorre o imaginário das revoluções passadas. Os conceitos políticos, ligados à historia nacional de cada actor, tornam-se aos poucos «intraduzíveis» e os processos de tradução matéria para palco.
A «nossa» revolução imaginária constrói-se a partir de factos anedóticos, provenientes de diversos tempos e geografias. Aos poucos, a ficção contamina o real: no palco, os actores pretendem elaborar, talvez por encomenda, um documento que sintetize um novo ideário revolucionário, enquanto que fora parece reinar uma revolta perturbadora, mesmo se ninguém parece entender quem são os insurrectos, pois a informação que recebem permanece confusa.
Várias perguntas são levantadas por parte de quem «joga» (os actores) e por parte de quem vê o «jogo» (os espectadores) : a violência e o terror são inevitáveis ? A revolução torna-se forçadamente uma decepção? Qual é a herança das revoluções ? E o seu folclore, o seu kitsch? Tal como interroga Sophie Wahnich, porque é que, desde 1989, pensamos que a ideia de utopia e de desejo de uma vida melhor levam forçosamente ao totalitarismo? Como criar hoje a irreversibilidade?
Textos: Mickael de Oliveira e Ulrike Syha
Encenação: Anne Monfort
Concepção e dramaturgia: Anne Monfort, Mickael de Oliveira e Ulrike Syha
Interpretação: Claude Guiyonnet, Anna Schmidt, Anne Sée e Sara Vaz
Desenho de luz e direcção técnica: Cécile Robin
Desenho de som: Emmanuel Richier
Cenografia e figurinos: Clémence Kazémi
Assistência de cenografia: Benjamin Sillon
Assistência de encenação: Alexia Krioucoff
Apoio historiográfico: Maud Chirio
Administração, produção e circulação: Juliette Medelli (Copilote)
Produção alemã: Katja Kettner e Tine Elbel (Kunststoff)
Produção portuguesa: Maria Manuel e Maria João Santos
Produção: Colectivo84 e Cie Day-for-Night
Co-produção: Le Granit – Scène nationale de Belfort / CDN – Besançon Franche-Comté / Théâtre Paul Eluard de Choisy-le-Roi / DSN – Scène nationale de Dieppe / Théâtre Jean Lurçat – Scène nationale d’Aubusson / Théâtre de Thouars – Scène conventionnée.
Apoio: Goethe Institut de Paris, de l’Institut Français du Portugal, de l’Institut Français no âmbito do programa Théâtre Export, de 31 Juin Films, du Théâtre Paris-Villette, du Fonds Transfabrik – Fonds franco-allemand pour le spectacle vivant, du Fonds SACD Théâtre. E o apoio à criação do Centre National du Théâtre.
Projecto financiado pelo Ministério da Cultura - Direcção Geral das Artes.
APRESENTAÇÕES
TEATRO ACADÉMICO DE GIL VICENTE (COIMBRA, PT)
19 NOVEMBRO 2015
LE GRANIT, SCÈNE NATIONALE DE BELFORT (FR)
5 – 8 JANEIRO 2016
LE CARREAU, SCÈNE NATIONALE DE FORBACH (FR)
14 JANEIRO 2016
BALLHAUS OST BERLIN (BERLIM, AL)
19 – 20 JANEIRO 2016
LICHTHOF (HAMBOURG, AL)
22 – 23 JANEIRO 2016
LE COLOMBIER (BAGNOLET, FR)
27 – 31 JANEIRO 2016
THÉÂTRE JEAN LURÇAT, SCÈNE NATIONALE D’AUBUSSON (FR)
4 FEVEREIRO 2016
DSN, SCÈNE NATIONALE DE DIEPPE (FR)
3 MARÇO 2016
THÉÂTRE DE THOUARS, SCÈNE CONVENTIONNÉE (FR)
8 MARÇO 2016
THÉÂTRE PAUL ELUARD, SCÈNE CONVENTIONNÉE DE CHOISY-LE-ROI (FR)
15 MARÇO 2016
LE NOUVEAU RELAX, SCÈNE CONVENTIONNÉE DE CHAUMONT (FR)
18 MARÇO 2016